Minha relação com as madrugadas são um tanto quanto ambíguas, mas uma coisa é certa, se eu estiver madrugando frequentemente poder ter certeza que não estou muito bem. Mas olha só, por mais que viradas de noites constantes reprensentem algo tão ruim pra mim, às vezes tudo que eu quero é passar a madrugada vendo uns filminhos, lendo algum livro ou pesquisando sobre algo totalmente aleatório. Neste caso, não é nenhuma das alternativas citadas anteriormente, no momento estou madrugando simplesmente por estar de mal com a vida, e esse estado de espírito acaba me levando a pensar muito!
Odeio pensar muito, não me entenda mal, eu também odeio a ignorância, mas o fato é que, sobretudo, odeio pensar demais sobre as minhas questões pessoais pois não consigo chegar a lugar nenhum, não consigo tomar nenhuma decisão e parece que estou apenas me encurralando em um beco sem saída ou em um parágrafo que aparenta dizer algo quando na verdade está totalmente vazio.
No momento estou sentindo algo que a muitos anos jurei a mim mesmo que não me permitiria sentir novamente. Hue. Promessas que não valem nada, juramentos que quebramos. Infelizmente sou assim, e imagino que vocês também, se não, por que estariam lendo até aqui? Alguém leu até aqui?
Que confusão, eu queria falar apenas sobre as madrugadas e cá estou eu divagando sobre meu estado de espírito e dizendo coisas que sequer são coerentes.
Voltando ao assunto do texto, eu gostaria muito de saber se vocês também se tornam pessoas extremamente impulsivas nas madrugadas. Eu sinceramente acho que a causa disso é a solidão que sentimos no silêncio da noite, ou então é algum efeito que a lua exerce sobre nós. O tempo parece ser mais aproveitado durante as madrugadas e sinto como se a maioria dos meus sentimentos latentes despertassem nesse momento, talvez por isso eu tenha evitado madrugar nos últimos meses, mas é disso que eu preciso hoje.
Não quero aproveitar minha manhã, e muito menos a minha tarde, no momento quero apenas que o tempo passe o mais rápido possível e que as mudanças apenas ocorram. Estou cansado de tentar mudar as coisas e eu sei que as mudanças vão vir de um jeito ou de outro.
A alguns dias eu assisti um episódio da série The Twilight Zone que se tornou um dos meus preferidos e se chama "Time Enough at Last". Para quem não sabe, essa é uma série da década de 60 em que cada episódio conta uma história diferente, sim, como um Black Mirror bem antigo e que envolve mais coisas misteriosas do que tecnológicas. Enfim, nesse episódio temos o Sr. Bemis, um senhor que trabalha em um banco e que tem como sua maior paixão a leitura. O problema é que ele não pode ler nada em casa por causa de sua esposa que odeia livros, fazendo assim com que o único lugar onde ele possa ler seja no trabalho. Para isso, Bemis fica tirando folgas o tempo todo para dar uma lida em seus livros, mas em um momento o seu patrão o pega no flagra e ameaça demiti-lo se não parar com a leitura no trabalho. Que coisa! Para resolver o problema Sr. Bemis decidi ir a um cofre do banco para ler escondido, mas nesse momento uma bomba cai no exterior e acaba exterminando toda a população mundial, com exceção dele que estava no subterrâneo quando houve a explosão. Diante dessa bagunça toda Bemis se vê perdido em um mundo completamente sozinho e sem rumo, e quando estava decidido que tiraria a própria vida, encontrou uma biblioteca repleta de livros no meio da cidade. Imagina só a felicidade do Sr. Bemis, agora ele finalmente teria todo o tempo do mundo para ler todos os livros que ele quiser sem a interrupção de ninguém!! Mas para a infelicidade do nosso protagonista um acidente fatídico acontece, seus óculos acabam caindo no chão e se quebrando! HAHHAHA que trágico, Sr. Bemis. Agora o coitado foi fadado a morrer sozinho, pois ele não consegue enxergar nem os livros e muito menos a arma que ele usaria para se matar.
Tire o que quiser de tudo isso, e aproveito para indicar com todas as minhas forças que assistam essa série espetacular!
Acho que me cansei de escrever ou apenas não sei sobre o que escrever, então até a próxima.