segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Demolidor - Um longo caminho pela frente

Essa resenha vai ser dividida em partes, primeiramente por que não sei muito sobre o personagem e estou me interessando cada vez mais por ele conforme o conheço, segundamente por que não pretendo seguir uma ordem cronológica ou qualquer tipo de ordem para acompanhar suas histórias.

Minha formação como leitor se iniciou com as histórias em quadrinhos do Mauricio de Souza, não me lembro exatamente quando, mas lembro que adorava ler as edições que eu encontrava na biblioteca da minha escola. Os super-heróis eram como mitos para mim, eu via um episodio de alguma série animada uma vez ou outra mas me interessava mais por outros desenhos na época, ouvia pessoas mais velhas falarem sobre eles e sobre seus feitos e capacidades, o que me fazia ficar cada vez mais interessado, entretanto, nunca havia lido uma história em quadrinho de um super-herói. Até que certo dia, dando uma boa olhada na biblioteca, dei de cara com uma edição totalmente aleatória com o Homem-Aranha e o Duende Verde na capa, fiquei muito ansioso e peguei para levar pra casa. Acabei lendo e relendo pelo menos 2 vezes naquele dia. Quando eu fui devolver essa edição, lembro que procurei em todo canto pra ver se encontrava mais histórias do Homem-Aranha ou de qualquer super-herói, mas não encontrei em lugar nenhum.

A partir daí, acho que só tive contato com filmes e desenhos e sem dúvidas os que se tornaram meus preferidos na minha infância foi o Homem-Aranha da Marvel e o Superman da DC. Eu amava os filmes do Tobey Maguire, do Andrew Garfield, mas não gostava muito das animações, com exceção de Ultimate Spider-Man. Eu amava os inúmeros filmes do Christopher Reeve, assim como amava a série Smallville e aquele filme da Morte do Superman.




Sobre o Demolidor, bom, eu havia visto algumas fotos deles por aí e sabia que ele tinha um filme de 98 mas não tinha muita vontade de assistir. Lembro-me de um jogo para PS2 que se chamava Marvel: Ultimate Alliance, nesse jogo você podia montar seu time de super-heróis para sair lutando contra uma porrada de inimigos e eu havia escolhido o Demolidor e o Deadpool por que eram tão maneiros quanto o Homem-Aranha. Desde então, acho que só fui ter outro contato com o Demolidor em 2015, e não foi bem um contato... A Netflix estava lançando as séries do Demolidor e da Jessica Jones e os meus amigos estavam assistindo, eles até me recomendaram bastante e talvez tenha sido esse excesso de recomendações que tenha feito com que eu desistisse de assistir Demolidor na época e só resolvesse começar a assistir a série 7 anos depois de seu lançamento.


No momento a Disney está lançando uma quantidade exorbitante de produções, série atrás de filme e filme atrás de série. O meu eu do Ensino Médio estaria maluco, na época era um hype gigante em cima dos filmes, todo dia comentava sobre teorias com meus amigos e isso tudo rendia muita conversa. Mas hoje em dia é meio complicado acompanhar tudo, ainda assim, dou meu máximo. Ultimamente tenho tentado ler mais as HQs, se eu me decepcionar com o UCM, é só ir atrás de uma história boa, e tem tantas que provavelmente eu nunca irei ler nem um centésimo (falando apenas de Marvel e DC).

Enfim, cá estou eu, apenas no quarto episódio da série e já escrevendo sobre o personagem.. Não, eu ainda não li nenhuma HQ dele, apesar de ter feito minha namorada ler O Homem sem Medo do Frank Miller, e agora que ela deu seu voto de confiança, também está assistindo a série comigo.

Sobre a série, o primeiro episódio foi legal, mas não me deixou com aquele fogo pra continuar assistindo, tanto que demorei mais de um mês pra continuar e agora que vi mais 2 episódios seguidos, estou gostando cada vez mais.

Matt Murdock teve uma infância no mínimo conturbada, sofreu um acidente que o fez perder a visão, foi criado com um pai que enfrentava problemas financeiros e que, muitas das vezes se envolvia em questões problemáticas pra trazer dinheiro pra casa. Ele não era bandido nem nada do tipo, ele era lutador profissional, duro na queda, um cara que aguenta muitos rounds antes de “perder” a luta. Mas não é justo julga-lo, apesar de seus problemas ele tinha muitas qualidades, e uma delas foi a que acabou resultando em uma grande tragédia. Jack Murdock, pai de Matt, fazia tudo que estava ao seu alcance para garantir um bom futuro para seu filho e mesmo chegando muitas vezes coberto de sangue e todo lascado, transmitia uma imagem inspiradora à Matt. O desenvolvimento do personagem é muito bem feito, sabemos que apesar de ele ser um advogado que nas horas vagas é um vigilante cego que da um pau em gangues sozinho, ele também tem suas fragilidades, as vezes ele se da mal e sentimos sua dor, e nesse quesito eu parabenizo o Charlie Cox que se mostrou um Demolidor tão bom que, sem dúvidas, cativou muita gente. Recentemente ele fez uma minúscula aparição no filme Spider-Man: Far From Home, e me lembro bem de todo mundo começar a gritar e bater palmas no cinema, naquele momento eu ainda não tinha assistido a série e não consegui evitar pensar que se eu tivesse assistido poderia ter ficado tão entusiasmado quanto aquela galera.

As cenas de ação da série também estão me surpreendendo muito, tem uma cena em específico no final do segundo episódio que é de arrepiar, vocês vão saber do que estou falando quando assistirem, mas vou deixar ela aqui embaixo pra caso queiram conferir.

No final do terceiro episódio também tivemos a aparição do Rei do Crime, não sei o que esperar muito desse personagem nessa série mas sei que o Demolidor não vai dar conta do recado, até por que o Wilson Fisk aparece lá na série do Gavião Arqueiro botando medo em geral.

Wilson Fisk é um vilão com muitas facetas. Inicialmente eu imaginava que ele era puramente mal e tinha como único objetivo conquistar um grande domínio e poder, mas na verdade, ele é um personagem com muita profundidade. Wilson conheceu uma garota em um museu que logo chamou sua atenção e mais tarde acabou convidando-a para sair, e ela aceitou. Na grande noite do encontro tudo havia sido planejado para que nada saísse de seu controle e não fosse interrompido por ninguém, mas infelizmente não deu muito certo. Um dos irmãos russos que estavam por trás do sequestro de uma criança foi até lá para tentar resolver questões com ele pessoalmente, e isso foi uma péssima ideia. Totalmente emputecido da vida por ter tido seu encontro arruinado, Fisk armou uma grande vingança para o russo e ainda tentou jogar a culpa em cima do Demolidor. Após cuidar de seus assuntos, ele fez de tudo para conseguir outra chance com a mulher novamente. Ele realmente gostou muito dela, e em seu segundo encontro pode-se dizer que o grandão abriu seu coração e revelou muito sobre seu passado e seus planos para o futuro.

Muita coisa aconteceu, Matt Murdock continuou atrás dos russos contra todas as probabilidades de sucesso e após muitos conflitos ele teve sua primeira oportunidade de entrar em contato com Fisk. Um contato que teve como único propósito esfregar a realidade suja na cara de nosso protagonista, ele foi alertado sobre o que acontece com quem brinca com fogo, mas o Demolidor está tentando justamente impedir esse fogo de se alastrar para o impedir de queimar mais inocentes. De certa forma, toda essa destruição acompanha o protagonista pra todo canto, basta ele abrir os olhos que tudo que consegue ver são chamas, deve ser perturbador.

Neste momento eu vi exatamente 6 episódios da primeira temporada da série, e agora decidi que vou partir pra HQ do Frank Miller, O Homem sem Medo. Estou muito curioso com muita coisa e principalmente com as referências que a série está seguindo. Quando eu tiver terminado de ler venho escrever mais um pouco sobre esse minha jornada com o Demolidor, até lá, se cuidem.


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