terça-feira, 6 de setembro de 2022

Foo Fighters e sua grande homenagem - Descanse em paz Taylor Hawkins

Foo Fighters é uma banda que me traz muita nostalgia, e que também marcou muita presença em toda a minha vida, principalmente em uma fase onde eu estava fazendo algo que na época julgava ser uma perca de tempo mas que hoje sou grato à minha mãe por ela ter insistido para que eu fizesse. Estou falando de ajudar o meu vô no seu trabalho, ele era relojoeiro e ourives. Eu devia ter uns 15 anos na época, passei uns 2 anos ajudando meu avô diariamente e acabei aprendendo a trabalhar com relógios. 

Nostalgia é algo que costuma me atingir constantemente, principalmente quando o assunto é música. Imagino que seja assim pra quase todo mundo. Sabe aquela música que marca uma fase específica da sua vida? Pois é, é aí que "The Pretender" de Foo Fighters se encaixa. Nessa época em que eu ajudava meu avô, eu tinha exatamente 15 minutos para escutar músicas no caminho de ida, e mais 15 no de volta. Na maioria das vezes eu estava ouvindo exatamente essas músicas: Toxicity – System of a Down, The Pretender – Foo Fighters, The Bad Touch – Bloodhound Gang (e com o tempo que sobrava eu devia ouvir alguma opening de anime). Lembro que eu aproveitava muito o caminho ouvindo essas músicas, me fazia esquecer todos os pensamentos negativos. Imagino que foi a partir daí que eu comecei a enxergar a beleza da minha cidade.

Enfim, não era disso que eu queria falar, ou talvez fosse... Não sei, mas sei que hoje, quase 5 anos depois (caramba, agora que estou escrevendo isso percebo que nem faz tanto tempo, ainda assim, sei que sou uma pessoa completamente diferente do que era antes, passei tanto por isso... mudanças... todos mudamos) me tornei um grande fã de Foo Fighters e vocês devem saber que no dia 25/03/2022, o grande Taylor Hawkins nos deixou. Lembro que a banda estava em uma turnê pela America do Sul e, do nada, aconteceu. Foi uma grande perda, eu senti muito a perda dele, mas não o conhecia como seus amigos o conheciam como seus companheiros de banda o conheciam, mesmo assim sei que ele foi um grande homem.

Poderia escrever páginas e mais páginas sobre momentos que ficaram eternizados em minha memória com uma trilha sonora de Foo Fighters de background, talvez eu tenha que fazer isso um dia (tenho muito medo de acabar tendo algum problema grave no futuro relacionado a minha memória), mas no momento eu quero falar sobre o grande tributo que foi feito para o Taylor no dia 03/09/2022.


Foo Fighters em parceria com a família de Taylor Hawkins realizaram um grande show em homenagem ao artista. O evento teve mais de 6 horas e conta com muitas participações especiais. Vários conhecidos do Taylor foram ao palco contar histórias sobre o cantor, muitas homenagens foram feitas, muitas músicas que o Taylor gostava foram citadas, cantadas e saudadas por todo o estádio Wembley que estava lotado.

Logo de início tivemos um grande cover da música Let’s Dance de David Bowie com Josh Homme (Queens of the Stone Age), Nile Rogers e Dave Grohl. Sou um grande fã do Nile Rodgers, inclusive tenho uma playlist com minhas músicas preferidas dele, tivemos participação de Brian Johnson (AC/DC) cantando “Back in Black”, Paul McCartney com “Oh Darling” e "Helter Skelter", entre outros.


Mas o que realmente marcou o show foram as performances de Dave Grohl que sustentaram todo o evento, enaltecendo Taylor com toda sua energia. Sua emoção ao fazer um solo de “Times Like These” foi contagiante, ele não conseguiu segurar suas lagrimas e imagino que muitos fãs, assim como eu, também não se contiveram. Esse gigantesco e monumental solo que refletia toda a angústia de Dave logo foi interrompido por seus companheiros com uma empolgação explosiva que seguiria com o grande hino “All My Life”, nesse momento ficou claro que o show estava em seu ápice e a plateia entrou em euforia cantando com Dave, como eu queria estar lá... 



Em seguida tivemos “The Pretender” a música que citei lá no início, e foi nesse momento que eu decidi que tinha que escrever sobre o tributo como tentativa de eternizar esse momento em minha memória, espero que isso funcione. Depois veio “Monkey Wrench” para reforçar a empolgação de toda a banda, no fim da música Dave chamou Nandi Bushell de apenas 12 anos para a bateria e eles tocaram uma de minhas músicas preferidas da banda, “Learn to Fly”. Teve “These Days”, "Best of You”, “Oh! Darling”, “Helter Skelter”, “Aurora” e, um dos momentos mais marcantes do show, “My Hero” com ninguém menos que Shane Hawkins, filho de Taylor, na bateria. 

Ele mandou bem demais, Dave e toda a plateia foram a loucura, assim como Shane. Imaginem a pressão psicológica que aquele moleque de 16 anos estava sofrendo naquele momento, ainda assim, isso não o impediu de fazer uma das maiores homenagens que Taylor Hawkins já havia recebido em vida ou postumamente. E para encerrar, tivemos “Everlong”.

É isso, a maior reunião de artistas que o estádio Wembley recebeu desde a homenagem à Freddie Mercury. Descanse em paz Taylor Hawkins, você deixou um grande legado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário